terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Unam, Sanctam, Cathólicam et Apostólicam Estes quatro atributos, inseparavelmente ligados entre si indicam traços essenciais da Igreja e da sua missão. (CIC 811)

Unam, Sanctam, Cathólicam et Apostólicam

Estes quatro atributos, inseparavelmente ligados entre si indicam traços essenciais da Igreja e da sua missão. (CIC 811) Nesta afirmação fica claro que a identidade da Igreja de Cristo esta associada a estes atributos e que é impossível ser Igreja faltando um deles. Estas qualidades a Igreja recebe de Cristo, e pela força de seu Espirito que conserva e convida a Igreja a realizar.

A Igreja Una.

Podemos professar esta unidade da Igreja  por sua Fonte, por seu Fundador e por sua Alma. A Fonte é a Trindade o mistério de um único Deus em três pessoas o modelo supremo de unidade; o Fundador é Jesus aquele que por sua paixão e morte reconciliou o mundo com Deus e restabelece assim a unidade do Povo com Deus e sua Alma, pois o Espirito Santo que habita nos fiéis e rege a Igreja, realiza a comunhão e une inteiramente com Cristo.
Todo este vinculo de unidade é testificado e tem laços de unidade visíveis na profissão duma só fé, recebida dos Apóstolos;  na celebração comum do culto divino, sobretudo dos sacramentos e na sucessão apostólica pelo sacramento da Ordem, que mantém a concórdia fraterna da família de Deus.
“A única Igreja de Cristo [...] é aquela que o nosso Salvador, depois da ressurreição, entregou a Pedro, com o encargo de a apascentar, confiando também a ele e aos outros apóstolos a sua difusão e governo [...]. Esta Igreja, constituída e organizada neste mundo como uma sociedade, subsiste (subsistit in) na Igreja Católica, governada pelo sucessor de Pedro e pelos bispos em comunhão com ele” (CIC 816).
Fica claro o ensinamento da Igreja no que se refere a sua unidade, pois ela recebeu do Senhor este mandato e o corresponde na fidelidade pelos séculos, toda expressão que difere deste contexto de unidade com a Igreja e consequentemente com seu magistério é principio cismático, herético ou apóstata. O que gera uma incompatibilidade no seio da Igreja a um fiel batizado querer por princípios pessoais contestar aquilo que era o desejo de Deus, congregar a todos numa unidade. Ou seja, os chamados “protestantes internos” que por não amarem verdadeiramente ao Senhor contestam tudo aquilo que ele conferiu a sua Igreja, nos âmbitos de fé e moral e fazem um mal terrível espalhando suas cizânias nos bastidores. Toda contestação ao magistério é cizânia contra a unidade.
“Onde há pecados, aí se encontra a multiplicidade, o cisma, a heresia, o conflito. Mas onde há virtude, aí se encontra a unicidade e aquela união que faz com que todos os crentes tenham um só coração e uma só alma”. (Orígenes)

A Igreja é Santa

A Igreja é o corpo de Cristo e nós membros deste corpo e assim como a cabeça da Igreja que é Cristo é santa, seu corpo também é santo. O pecado não esta em Cristo, esta em nós aqueles que Ele amou e por nós veio ao mundo e por seu amor nos tornou membros de sua Esposa a Igreja.
¨Enquanto que Cristo, santo e inocente, sem mancha, não conheceu o pecado, mas veio somente expiar os pecados do povo, a Igreja, que no seu próprio seio encerra pecadores, é simultaneamente santa e chamada a purificar-se, prosseguindo constantemente no seu esforço de penitência e renovação. Todos os membros da Igreja, inclusive os seus ministros, devem reconhecer-se pecadores. Em todos eles, o joio do pecado encontra-se ainda misturado com a boa semente do Evangelho até ao fim dos tempos. A Igreja reúne, pois, em si, pecadores abrangidos pela salvação de Cristo, mas ainda a caminho da santificação.”(CIC 827)
A Igreja é santificada por Cristo seu esposo e por Ele se torna também santificante, pois é a missão da Igreja levar todos os seus membros a santificação e glorificação de Deus e os meios para este fim estão contidos nela. Todos os santos que a Igreja canonizou são para nós que ainda estamos neste processo um modelo de fidelidade e virtudes heroicas onde reconhecemos o poder do Espirito de santidade na Igreja. Definimos como a perfeição da Igreja em Maria Virgem, pois por ela a Igreja existe sem mácula e pecado, nós ainda caminhamos para vencer o pecado em santidade. Em Maria a Igreja já é toda santa.
¨A Igreja é santa, não obstante compreender no seu seio pecadores, porque ela não possui em si outra vida senão a da graça: é vivendo da sua vida que os seus membros se santificam; e é subtraindo-se à sua vida que eles caem em pecado e nas desordens que impedem a irradiação da sua santidade. É por isso que ela sofre e faz penitência por estas faltas, tendo o poder de curar delas os seus filhos, pelo Sangue de Cristo e pelo dom do Espírito Santo.¨ (SPF19).

A Igreja é Católica

A palavra Católica do grego καθολικός (katholikos), significa universal¨, em sua totalidade e integralidade.
É católica porque Cristo está presente nela: ¨Onde está Jesus Cristo, aí está a Igreja Católica¨(Sto. Inácio de Antioquia). Nela subsiste a plenitude do Corpo de Cristo unido à sua Cabeça, o que implica que ela receba d'Ele a plenitude dos meios de salvação. (AG6)
A universalidade da Igreja se estende do dia de Pentecostes até a Parusia, a volta de Cristo Jesus. Esta universalidade se estende a todas as Igrejas chamadas ¨particulares¨ espalhadas pelo mundo em comunhão com seus respectivos bispos e com a Sé de Roma. Pois é a missão Católica congregar todos os povos.¨Este carácter de universalidade que adorna o povo de Deus é dom do próprio Senhor. Graças a tal dom, a Igreja Católica tende a recapitular, eficaz e perpetuamente, a humanidade inteira, com todos os bens que ela contém, sob Cristo Cabeça, na unidade do Seu Espírito.¨ (LG13)
O ser católico implica diretamente a comunhão com a Santa Sé, pois é de lá para o mundo todo; URBI ET ORBI temos a direção para o mandato do Senhor de congregar a todos nesta unidade católica.¨Desde que o Verbo Encarnado desceu até nós, todas as Igrejas cristãs de todo o mundo tiveram e têm a grande Igreja que vive aqui (em Roma) como única base e fundamento, porque, segundo as próprias promessas do Salvador, as portas do inferno nunca prevalecerão sobre ela.¨ (S. Máximo Confessor)
Todos aqueles que abraçando a fé pelo batismo e tendo o Espirito de Cristo, aceitam em sua totalidade a organização da Igreja e de todos os meios de salvação nelas instituídos e em sua hierarquia visível regida por Cristo por meio do Sumo Pontífice e seus Bispos e unidos a ele professam a fé, os sacramentos e a comunhão são incorporados plenamente à sociedade que é a Igreja.
"Mas a incorporação não garante a salvação àquele que, por não perseverar na caridade, está no seio da Igreja ¨de corpo¨ mas não ¨de coração¨ (LG14).

" FORA DA IGREJA NÃO HÁ SALVAÇÃO"

Esta afirmação milenar deve ser entendida de maneira positiva, se Cristo-Cabeça da Igreja é o salvador do mundo e a Igreja seu Corpo então por meio dela vem a salvação. Os Santos Padres já faziam a imagem da Arca de Noé com a Barca de Pedro a Igreja.
Por isso que devemos ter uma posição enraizada na tradição Católica que a Igreja é Sacramento Universal de Salvação e sim Ela Salva! Porque é o Corpo de Cristo Salvador.
A Igreja é Apostólica
A Igreja é apostólica por estar alicerçada sobre os apóstolos, pois temos a certeza que foi das palavras deles que recebemos a fé.
“Eram perseverantes em ouvir o ensinamento dos apóstolos, na comunhão fraterna, no partir do pão e nas orações.” (At2, 42)
“Tome por modelo as sãs palavras que você ouviu de mim, com a fé e o amor que estão em Jesus Cristo. Guarde o bom depósito com o auxílio do Espírito Santo que habita em nós¨(2Tm 1,13-14).
“Pastor eterno, não abandonais o vosso rebanho, mas sempre o guardais e protegeis por meio dos santos Apóstolos, para que seja conduzido através dos tempos, pelos mesmos chefes que pusestes à sua frente como representantes do vosso Filho, Jesus Cristo.” (MR Prefácio dos Apóstolos)
A palavra apóstolo significa enviados no grego, Jesus escolheu 12 e os tornou apóstolos, enviando em seu nome. “Como o Pai me enviou, eu também vos envio” (Jo 20,21). E ainda “Quem vos recebe a mim recebe” (Mt 10, 40)

Os Bispos, sucessores dos Apóstolos.

“Para que a missão que lhes fora confiada pudesse ser continuada depois da sua morte, os Apóstolos, como que por testamento, mandataram os seus cooperadores imediatos para levarem a cabo a sua tarefa e consolidarem a obra por eles começada, encomendando-lhes a guarda do rebanho em que o Espírito Santo os tinha instituído para apascentar a Igreja de Deus. Assim, instituíram homens nestas condições e tudo dispuseram para que, após a sua morte, outros homens provados tomassem conta do seu ministério” (CIC 861)
“Do mesmo modo que o encargo confiado pelo Senhor singularmente a Pedro, o primeiro dos Apóstolos, e destinado a ser transmitido aos seus sucessores, é um múnus permanente, assim também é permanente o múnus confiado aos Apóstolos de serem pastores da Igreja, múnus cuja perenidade a ordem sagrada dos bispos deve garantir. Por isso, a Igreja ensina que, «em virtude da sua instituição divina, os bispos sucedem aos Apóstolos como pastores da Igreja, de modo que quem os ouve, ouve a Cristo e quem os despreza, despreza a Cristo e Aquele que enviou Cristo” (CIC 862) O magistério da Igreja são os bispos em comunhão com o Santo Padre o bispo de Roma. Sem a comunhão não há magistério.


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